O que se devia saber é a
principal importância do universo. Está além de tudo, além da inferioridade de
criaturas e das existências matérias outras percebidas por elas. Entretanto, na
imensidão do universo existiu um lugar diferente denominado paraíso. Sim, um
planeta de nome terra. Tais nomes, universo, paraíso, planeta, terra, assim são
chamados por uma espécie de criaturas existentes neste planeta e que se
comunicam verbalmente entre si. O planeta terra do sistema solar era o único paraíso
do universo. Muito bonito, com suas florestas, rios e mares, paisagens dignas
dos deuses. Árvores floridas e frutíferas, bonitos animais, lindos pássaros
coloridos e outras espécies de criaturas complementavam este planeta quando ele
era o éden. Era a natureza que criava tais existências para enfeitar este
mundo. Para isso ela se utilizava dos elétrons e dos átomos. Certa vez, ao
transformar elétrons em átomos, sem ela saber, a reunião deles se fez
defeituosa. Com esse acidente ao elaborar uma nova criatura para o bem do
paraíso a natureza criou uma para o mal dele. Assim surgiu a criatura chamada
homem que, como uma praga ao se multiplicar, com o passar do tempo iria
destruir o paraíso. E isso aconteceu. Florestas inteiras foram dizimadas,
queimadas, animais foram exterminados, rios foram poluídos e etc. Animais e
aves ficaram sem seus espaços para viver e até com o que se alimentarem. O
planeta com o tudo que já lhe existia em si jamais precisaria do homem
devastador. Daquele acidente, primeiro surgiu um homem e da costela dele surgiu
uma mulher. Num mistério indecifrável eles já eram judeus, primeiros da raça
mais inteligente do mundo. Ao se penetrarem, dois filhos surgiram no paraíso.
Depois, um irmão matou o outro. Belo exemplo a seguir para a posteridade da
raça humana, principalmente para os desmiolados. Com o advento da raça humana,
o paraíso deixou de ser. Como reunidos no “crime organizado” os homens muito se
divertiram na caça e na matança de criaturas consideradas inferiores. Depois,
para emoções mais fortes, os homens descobriram a alegria de matar outros
homens. Assim surgiram as guerras e os assassinatos locais. Tendo se
assenhoreado do mundo, uma minoria de homens domina a maioria. Sugestionam e
hipnotizam as massas humanas para que elas se comportem, consumam e se
entretenham como a minoria quer. Dentre todas as espécies, a espécie humana é a
mais, ou a única falsa. Ela mente, disfarça e engana. Às vezes sorri para
alguém quando “por dentro” o detesta. Não poucas dessas criaturas superiores,
avantajadas por entender dez por cento do idioma local, elas vivem a nobreza de
explicar “de casa e em casa” para as menos esclarecidas, os conceitos divinos
difíceis de entender, escritos num livro sagrado. Agora, nestes tempos, tanta
confusão existe que este planeta “desparaisado” mais parece um circo de
horrores. Mas, naqueles tempos longínquos... Que bonito era tudo sem a presença
humana egoísta. O mar, os rios, o canto dos pássaros, o Tarzan, a Jane e a macaca
chita passeando com cipó sem nenhuma trombada e...
Altino Olimpio